Este blog Nasceu no Verão com o nome de veraNuda. Mas próximas 3 estações, por sugestão de “o que me vier à real gana” irá chamar-se de “Aninteiro”

05/09/2008

Perder, esquecer e não lembrar

Estes dias de Inverno chuvoso deram-me um tempinho extra, para esta minha (nova) addiction blogosferica.

Nos meus ciber-passeios encontrei alguns blogs para espantar as mágoas da perda, provisória, definitiva, física ou emocional. A dor de quem perde, um amor, um amigo, um filho, um pai, é sempre a maior de todas, maior de que a dos outros.

Há quem defenda que devemos aprender a perder. Aceitar a perda de pequenas coisas, devagar, até sermos capazes de suportar a grande e irremediável perda por morte física. Não concordo.
Quem perde, sabe que a morte ou outras partidas, são sempre uma surpresa (mesmo as esperadas), são sempre o fim do mundo, o fim da vontade de viver, o fim de um modo de estar, porque já não possível voltar a ter quem partiu.
Quem perde, tem sim de aprender a esquecer, a não lembrar por um segundo, por um dia, por um ano, mas nunca por uma eternidade. As verdadeiras perdas nunca se esquecem. Não é possível esquecer.
Acho que as rugas da pele são o registo das nossas felicidades e infelicidades. As perdas violentas são acontecimentos que se entranham no código genético e de lá não saem nem com escalpe cirúrgico.
Mas há paninhos quentes, rotinas e gestos que nos aliviam a dor. A mim “faz-me bem”, mergulhar num texto do MEC, com que remato este post, para não alongar (ainda) mais.

"Como Esquecer"
Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece?
Este texto, que foi escrito a quando da morte do pai do MEC, continua AQUI.

04/09/2008

Revista de imprensa

Ano escolar: Passes sociais, livros e refeições gratuitas in aeiou.pt
No final do ano serão atribuídos diplomas a custo zero: zero de esforço, zero de aprendizagem, zero de educação, zero de futuro.

ASAE fecha refeitório no Parlamento in Público

Há suspeitas de que o cheiro a podre vinha do hemiciclo …

Investigar pedofilia é cada vez mais difícil in TVI

É por falta de Visão: os miúdos são cada vez mais pequenos e a miopia do Sistema Judicial cada vez maior.

Parque Expo quer vender Gare do Oriente in Diário Digital

A administração do condomínio queixa-se que o imóvel mete água por todos os lados e é muito ventoso.

Solitário rouba outra farmácia
in JN
Suspeita-se de tentativa de suicido conjugal. Procurava remédio para ele e para a mulher (Bicha Solitária)

31/08/2008

A Outra

A ovinho estrelado, fechou (para balanço ? ;)) os comentários, por isso comento aqui o Post “A Outra”.
O Post é uma análise arrepiante ao papel das “outras”, das “não oficiais”, das que não tendo direitos legais, nem morais são o sal, o açúcar, a luz e a esperança dos seus amores.
O Post é magistral, porque é e, tem tudo (mas mesmo tudo), o que uma mulher na condição dessa “outra”, diria ou escreveria.

Faltou um ponto. Acrescento eu aqui a reflexão: mas afinal quem é “A Outra”? A que sabe que de facto é “A Outra”. Ou a oficial que vive na mentira (desconhecida ou quiçá , pressentida), de que não existe Outra, de que ela, a “oficial” é a única?

Quem é “A Outra”? Qual das duas é a mais traída, a mais preterida? Porque não temos (nós homens e mulheres), a coragem de encarar as relações como algo efémero que é necessário viver cada dia como se do último se tratasse? Porque teimamos no amor eterno, quando o amor é efémero e por isso (talvez só por isso) tão belo e desejado.
Não existe felicidade falsa (disse F. Pessoa), enquanto dura é verdadeira.
É a esperança do que foi que nos prende ao que não se deseja. Por essa esperança tola se trai quem se amou e quem se ama, duma só vez, sem lucro nem honra, para o traidor, nem para os traídos(as). Como saber qual o momento certo para abandonar o barco, a bem da felicidade comum e geral? E como abandonar o barco, quando se sabe que é o momento é mais que certo?

Sem me alongar mais e parafraseando o meu herói nº1: “O amor é fodido”.
*Foto de Claudia Veja, inspirada no "beijo" de Gustav klimt.

“Kridos(as)”

Vocês são de facto muito “Kridos(as)”.
Seria no mínimo muitíssima má-educação abandonar um espaço de onde tão grandes mais valias recolhi. Mas também não posso (como já referi) manter este espaço com esta regularidade quase diária.
Por isso passearei pelos vossos fantásticos espaço e sempre que puder “postarei” por aqui.
Como sou uma workaholic em recuperação, esta será uma doce terapia ;)
Abreijos ENORMES!