A ovinho estrelado, fechou (para balanço ? ;)) os comentários, por isso comento aqui o Post “A Outra”.
O Post é uma análise arrepiante ao papel das “outras”, das “não oficiais”, das que não tendo direitos legais, nem morais são o sal, o açúcar, a luz e a esperança dos seus amores.
O Post é magistral, porque é e, tem tudo (mas mesmo tudo), o que uma mulher na condição dessa “outra”, diria ou escreveria.
Faltou um ponto. Acrescento eu aqui a reflexão: mas afinal quem é “A Outra”? A que sabe que de facto é “A Outra”. Ou a oficial que vive na mentira (desconhecida ou quiçá , pressentida), de que não existe Outra, de que ela, a “oficial” é a única?
Quem é “A Outra”? Qual das duas é a mais traída, a mais preterida? Porque não temos (nós homens e mulheres), a coragem de encarar as relações como algo efémero que é necessário viver cada dia como se do último se tratasse? Porque teimamos no amor eterno, quando o amor é efémero e por isso (talvez só por isso) tão belo e desejado.
Não existe felicidade falsa (disse F. Pessoa), enquanto dura é verdadeira.
Não existe felicidade falsa (disse F. Pessoa), enquanto dura é verdadeira.
É a esperança do que foi que nos prende ao que não se deseja. Por essa esperança tola se trai quem se amou e quem se ama, duma só vez, sem lucro nem honra, para o traidor, nem para os traídos(as). Como saber qual o momento certo para abandonar o barco, a bem da felicidade comum e geral? E como abandonar o barco, quando se sabe que é o momento é mais que certo?
Sem me alongar mais e parafraseando o meu herói nº1: “O amor é fodido”.